quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O incômodo provocado pelas eleições

Fazendo um acréscimo a uma das minhas postagens anteriores (Poluição visual e sonora).
O incômodo provocado pelas eleições, além da poluição visual e sonora já comentada, nesta semana que antecede o dia da votação, passou a invadir a privacidade alheia. Passei a receber mensagens via celular, e-mails, ligações telefônicas e cartas/correspondências de candidatos, aos quais eu jamais forneci meus dados particulares!!! Como é que esses candidatos conseguem nossos dados particulares, como nome, endereço, números de telefone?!!! E se acontece comigo, deve estar acontecendo com várias pessoas. Ou seja, determinados candidatos estão tendo acesso a bancos de dados da população e estão se utilizando disso para tirar vantagem e incomodar os eleitores! E são esses candidatos que pretendem nos representar no governo...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Desenvolvimento?!

Duas vezes por semana, por obrigações profissionais, vou à Suape. Como o período da chuvas terminou (todas as obras de grande porte pararam em Suape e cercanias de maio a agosto por causa das chuvas), as obras foram retomadas no começo de setembro. Destacam-se as obras para a Refinaria Abreu e Lima, a duplicação de mais um trecho da PE-60 e as obras do Sistema Pirapama, que melhorará consideravelmente o abastecimento de água do Grande Recife. Essas obras fazem aumentar em muito a quantidade de veículos no trecho entre Recife e Ipojuca. Nesse acréscimo de veículos, os caminhões são o destaque por causa das obras. Como o número de indústrias instaladas em Suape vem aumentando a cada dia, grande parte do escoamento de produção se faz através de caminhões, já que inexistem ferrovias. Além do mais, como nossas rodovias não são perenes, elas estão sendo recapeadas em alguns pontos e recuparadas em outros (paleativos para durar até a próxima temporada de chuvas). Ou seja, uma viagem entre Recife e Suape, que normalmente dura de 30 a 35 minutos, à vezes se transforma em infindáveis 2 horas! O que fica evidente é que, como de hábito para nossos governantes, não se observou que o crescimento econômico e industrial dessa região necessitaria de uma melhora prévia na infra-estrutura, de estradas, transporte, suprimento de energia elétrica, melhoria na educação da mão-de-obra, etc. O conceito faltante é sempre o mesmo: PLANEJAMENTO.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Poluição visual e sonora

Neste período que antecede as eleições, a poluição provocada pela propaganda política deixa as nossas ruas extremamente desagradáveis. Para o lado que nos viramos ou olhamos, há um mar de bandeiras, placas, cartazes e folhetos ocupando cada espaço. Se você caminha no centro da cidade, a cada 10 metros alguém lhe aborda com um panfleto de um candidato qualquer, ou então tem que desviar do mar de placas. E as carreatas? Será que os candidatos e seus partidários não percebem o incômodo que provocam? Além disso, existem os famigerados carros de som, com aquelas musiquinhas ridículas. Para completar, ainda existe a propaganda na televisão. Devemos realmente ser obrigados a aturar isso?

Nenhum dos candidatos aparenta demonstrar a mínima preocupação se estão incomodando ou não às pessoas a quem eles estão tentando convencer. Só existe a avidez pelo voto. Seria de muito bom tom que os candidatos a nossos representantes no executivo e no legislativo observassem o quanto incomodam a população na ânsia quase obssessiva pelo voto. Para mim, isso funciona como antipropaganda. Acredito que para muitas outras pessoas também.

sábado, 11 de setembro de 2010

Paixão futebolística no Recife

Nos últimos dias, observei o que considero um fenômeno aqui em Recife: a paixão pelos três clubes de futebol da cidade. Fora da elite do futebol brasileiro, Sport, Naútico e Santa Cruz não são abandonados pelos seus fãs. O Santa Cruz, na Série D, última divisão do Campeonato Brasileiro, levou ao seu estádio no sábado 04/09/2010 na vitória sobre o Gaurany de Sobral por 4 a 3, pasmem,  mais de 50.000 torcedores! Uma verdadeira demonstração de amor a um clube que vem amargando sucessivas decepções nos últimos anos. E não é só isso: o Santa Cruz possui a maior média de público no ano entre as quatro divisões do futebol brasileiro. Mas rivalidade é rivalidade. Na terça-feira 07/09/2010, mais de 30.000 torcedores foram à Ilha do Retiro ver o Sport bater o Brasiliense por 3 a 0 (o estádio do Sport é menor que o Arruda, estádio tricolor). Justificável porque o Sport engrenou uma arrancada na classificação da Série B, saindo das últimas posições para estar entre os primeiros: já está há 10 jogos sem ser derrotado. Já o Náutico, que está em visível declínio na Série B, levou ontem ao seu estádio pouco mais de 9.000 torcedores, sendo mais uma vez derrotado, desta vez pelo modesto Duque de Caxias do Rio de Janeiro. Mas não se engane: basta uma ou duas vitórias e o estádio dos Aflitos lotará. É uma relação de total dedicação e fidelidade que os torcedores têm com seus clubes. Ninguém quer ficar atrás. "Se o meu clube não vence, eu loto o estádio e mostro que, mesmo por baixo, meu clube é grande", afirma um; "Não vamos ficar atrás, se o clube deles está mal e eles não o abandonam, vamos mostrar que somos ainda mais fiéis", outro diz. É pura rivalidade. Um verdadeiro fenômeno para clubes que não estão sob os holofotes no cenário nacional. Torçamos para que, nos próximos anos, toda essa paixão possa ser demonstrada na divisão principal do futebol brasileiro.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Meia-Noite na Veneza

Severinos
Gleidson, Robson, Saulo,
Japa, Renato.
Abertura do Verão Rádio Cidade
Forte de Pau Amarelo, Paulista-PE
Outubro de 1992
Ontem, quando organizava livros, documentos e outras coisas, deparei-me com a pasta de composições da primeira fase da minha banda (Severinos - influência da obra de João Cabral de Melo Neto: Morte e Vida Severina). A formação em meados da década de 1990 era : vocais - Saulo Figueiredo, contrabaixo - Renato Medeiros, guitarras e violões - Robson Adriano e Gleidson Lins, bateria - Carlos Japa. Essa foi a leitura que fizemos do Recife no início da década de 1990.

MEIA-NOITE NA VENEZA (Severinos)

Vamos andar pela noite como se fosse o dia
Se o dia fosse...
E ninguém, ninguém nos verá
Somos diferentes
Mas estaremos iguais a qualquer um.

E os dias serão como as noites
Como nunca foram antes
E também será como o tempo:
Livre, livre.

E ainda igual será o pranto
Andaremos juntos
E então poderemos ver
As crianças esquecidas
Esquecê-las talvez nos traga
Uma dor menor do que vê-las
Do que vê-las secarem no tempo
Secarem no tempo.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Feriadão de 7 de setembro

Passar um fim de semana prolongado em Recife é espetacular. O trânsito fica tranquilo, na segunda não havia fila nos bancos, tudo mais agradável. A agitação volta na quarta-feira. Fui ao cinema ver A Origem, de Christopher Nolan. Formidável! Um filme que foge aos padrões convencionais e nos faz refletir sobre a realidade, sobre a noção de tempo e espaço.