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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Tradições do solstício de verão

Para muitas das antigas civilizações o solstício de verão – o dia mais longo do ano – era visto com grande importância. As pessoas celebravam este dia especial, que cai em junho no hemisfério norte, com festivais, comemorações e outras práticas, algumas das quais ainda sobrevivem ou experimentam uma retomada nos tempos modernos.
Egípcios antigos – o solstício de verão era particularmente importante para os antigos egípcios porque coincidia com o começo da estação da cheia do Nilo. Acreditava-se que nesta época a deusa Isis derramava lágrimas de luto pela morte de seu marido Osíris, causando a elevação do rio e a fertilização do vale do Nilo. Festivais eram realizados em honra a ambas as divindades e celebrava fertilidade e abundância.

Gregos antigos – de acordo com certas variações do calendário grego – eles diferiam amplamente por região e época – o solstício de verão era o primeiro dia do ano. Vários festivais eram organizados por volta dessa época, incluindo o Cronia, que celebrava o deus da agricultura Cronos. O rigoroso código social era temporariamente suspenso durante o Cronia, com os escravos participando das festividades em igualdade ou até mesmo sendo servidos por seus senhores. O solstício de verão também marcava o início da contagem regressiva de um mês para o início dos jogos olímpicos.

Romanos antigos – nos dias que precediam o solstício de verão, os antigos romanos celebravam o festival de Vestália, que pagava tributo a Vesta, a deusa da família. Os rituais incluíam o sacrifício de um bezerro não nascido removido do útero de sua mãe. Esta era a única época do ano em que era permitido às mulheres casadas entrar no templo sagrado das virgens vestais e lá fazer suas oferendas.

Chineses antigos – Os antigos chineses participavam de uma cerimônia no solstício de verão em homenagem à terra, à feminilidade e à força conhecida como yin. Ela complementava o ritual de solstício de inverno, que era devotado ao paraíso, à masculinidade e ao yang.

Antigas tribos da Europa central e do norte – Muitos germânicos, eslavos e celtas pagãos saudavam o verão com fogueiras, uma tradição que ainda é apreciada na Alemanha, Áustria, Estônia e outros países. Algumas tribos antigas praticavam um ritual no qual casais pulavam as chamas para adivinhar o quanto as safras daquele ano iriam crescer.

Vikings – o início do verão era uma época crítica do ano para os navegantes nórdicos, que se encontravam para discutir assuntos legais e resolver disputas nos dias em torno do solstício de verão. Eles também visitavam poços que acreditavam ter poderes de cura e construíam grandes fogueiras. Hoje, as celebrações “vikings” do solstício de verão são populares entre residentes e turistas da Islândia.

Nativos americanos – muitas tribos nativas americanas participavam há vários séculos dos rituais do solstício de verão, alguns dos quais ainda praticados hoje em dia. Os sioux, por exemplo, executavam uma dança do sol cerimonial em volta de uma árvore vestindo cores simbólicas. Alguns estudiosos acreditam que a roda medicinal de Big Horn em Wyoming, um arranjo de pedras construído há várias centenas de anos pelos índios das planícies, alinha-se com o nascer e o por do sol do solstício, e era então o lugar da dança do sol anual daquela cultura.

Maias e astecas – enquanto não se sabe muito de como exatamente as poderosas civilizações pré-colombianas da América Central celebravam o solstício de verão, as ruínas de suas outrora grandes cidades indicam a grande importância desse dia. Templos, edifícios públicos e outras estruturas estavam amiúde precisamente alinhados com as sombras lançadas pelos principais fenômenos astrológicos, particularmente os solstícios de verão e inverno.

Druidas – os grandes sacerdotes celtas conhecidos como druidas provavelmente conduziam celebrações rituais durante o solstício de verão, mas – ao contrário da crença popular – é improvável que estas acontecessem em Stonehenge, o mais famoso círculo de pedra megalítico da Inglaterra. Apesar disso, pessoas que se identificam como druidas modernos continuam a se reunir no monumento para os solstícios de verão e de inverno e para os equinócios de primavera e outono.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Ascensão e queda da civilização maia

A civilização maia, centralizada nas planícies do que hoje é a Guatemala, alcançou o auge do seu poder e influência por volta do século VI da nossa era. Os maias se sobressaíram na agricultura, na cerâmica, escrita hieroglífica, confecção de calendários e na matemática, e deixaram para trás uma quantidade surpreendente de arquitetura monumental e trabalhos de arte simbólica. No entanto, A maioria das grandes cidades de pedra dos maias foi abandonada por volta de 900 EC, e desde o século XIX os pesquisadores tentam desvendar o que deve ter causado este dramático declínio.
Tikal
A civilização maia foi uma das mais importantes sociedades nativas da Mesoamérica (termo usado para descrever o México e a América Central antes da conquista espanhola no século XVI). Diferentes de outras populações indígenas dispersas da Mesoamérica, os maias estavam centralizados em um bloco geográfico cobrindo toda a península de Yucatán e a atual Guatemala; Belize e parte dos estados mexicanos de Tabasco e Chiapas; e a parte ocidental de Honduras e El Salvador. Esta concentração mostrava que os maias permaneceram relativamente protegidos de invasões por outros povos mesoamericanos.
Dentro desse espaço, os maias viviam em três subáreas separadas, com meio-ambientes distintos e diferenças culturais: as terras baixas maias do norte, na península de Yucatán; as terras baixas maias do sul, no departamento guatemalteco de El Petén e porções adjacentes do México, Belize e oeste de Honduras; e as terras altas maias do sul, na região montanhosa do sul da Guatemala. Mais famosa, a região das terras baixas do sul alcançou seu auge durante o período clássico da civilização maia (250 a 900 EC), e construiu as grandes cidades de pedra e monumentos que têm fascinado exploradores e pesquisadores da região.
As povoações maias mais antigas datam de cerca de 1800 AEC, ou do começo do que é chamado de período pré-clássico ou período formativo. Os primeiros maias eram agricultores, cultivando safras de milho, feijão, abóbora e mandioca. Durante o período pré-clássico médio, que durou até cerca de 300 AEC, os fazendeiros maias começaram a expandir sua presença para os vales e montanhas. Esse período também viu o surgimento da primeira civilização importante mesoamericana, os olmecas. Como outros povos mesoamericanos, tais como zapotecas, totonacas, mixtecas e astecas, os maias derivaram várias características religiosas e culturais – assim como seu sistema numérico e seu famoso calendário – dos olmecas.
Além da agricultura, os maias pré-clássicos também demonstraram traços culturais mais avançados como a construção de pirâmides, de cidades e inscrição em monumentos de pedra.
A cidade do final do período pré-clássico de Mirador, no norte de El Petén, foi uma das maiores cidades construídas de todo o período pré-colombiano nas Américas. Seu tamanho deixava pequena a capital clássica maia de Tikal, e sua existência prova que os maias prosperaram séculos antes do período clássico.
O período clássico, que começou por volta de 250 EC, foi o período de maior prosperidade do império maia. A civilização maia cresceu para cerca de 40 cidades, incluindo Tikal, Uaxactún, Copán, Bonampak, Dos Pilas, Calakmul, Palenque e Río Bec; cada cidade mantinha uma população entre 5.000 e 50.000 pessoas. Em seu auge, a população maia deve ter alcançado 2 milhões de pessoas.
As escavações em sítios maias têm revelado praças, palácios, templos e pirâmides, assim como pátios para jogos com bola, que eram ritual e politicamente significativos para a cultura maia. As cidades maias eram rodeadas e sustentadas por uma grande população de agricultores. Embora os maias praticassem um tipo primitivo de agricultura de “derrubada e queimada”, eles também mostraram evidências de métodos de cultivo mais avançados, tais como irrigação e plantio em terraços.
Os maias eram profundamente religiosos, e cultuavam vários deuses relacionados à natureza, incluindo os deuses do sol, da lua, da chuva e do milho. No topo da sociedade maia estavam os reis, ou “kuhul ajaw”, que alegavam ser parentes dos deuses e que seguiam uma sucessão hereditária. Acredita-se que eles serviam como mediadores entre os deuses e o povo, e realizavam as elaboradas cerimônias religiosas e rituais tão importantes para a cultura maia.
Os maias clássicos construíram muitos dos seus templos e palácios na forma de pirâmides de degraus, decorando-os com relevos e inscrições. Estas estruturas auferiram aos maias sua reputação como os grandes artistas da Mesoamérica. Guiados por seus rituais religiosos, os maias também realizaram avanços significativos em matemática e astronomia, incluindo o uso do zero e o desenvolvimento de um complexo sistema de calendário baseado em 365 dias. Embora os primeiros pesquisadores tenham concluído que os maias eram uma sociedade pacífica de sacerdotes e escribas, evidências posteriores – incluindo um exame meticuloso dos trabalhos artísticos e inscrições das paredes dos seus templos – mostraram o lado menos pacífico da cultura maia, incluindo a guerra entre as cidades-estado rivais e a importância da tortura e do sacrifício humano para seus rituais religiosos.
A exploração séria dos sítios maias clássicos teve início na década de 1830. Na primeira metade do século XX, uma pequena parte de seu sistema de escrita hieroglífica foi decifrado, e mais de sua história e cultura se tornou conhecido. A maior parte do que os historiadores sabem sobre os maias vem do que restou de sua arquitetura e arte, incluindo entalhes e inscrições em pedra de seus edifícios e monumentos. Os maias também faziam papel de casca de árvore e escreviam em livros feitos desse papel, conhecidos como códices; quatro desses códices são conhecidos por terem sobrevivido (Códice de Dresden - Sächsische Landesbibliothek, a biblioteca estadual de Dresden, Alemanha; Códice de Madrid - Museu da América, Madrid, Espanha; Códice de Paris - Bibliothèque Nationale (Biblioteca Nacional), Paris, França; Códice Groiler - Cidade do México, México).
Uma das coisas mais intrigantes sobre os maias foi sua habilidade para construir uma grande civilização em uma floresta de clima tropical. Tradicionalmente, os povos antigos floresceram em climas secos, onde a administração centralizada das fontes de água (através de irrigação e outras técnicas) formava a base da sociedade (este foi o caso de Teotihuacán no planalto do México, contemporânea dos maias clássicos). Nos vales maias do sul, no entanto, havia poucos rios navegáveis para comércio e transporte, assim como nenhuma necessidade óbvia por sistemas de irrigação.
No final do século XX, os pesquisadores concluíram que o clima das planícies era totalmente diverso quanto ao meio ambiente. Apesar de os invasores ficarem desapontados com a relativa falta de prata e ouro na região, os maias se aproveitaram dos muitos recursos naturais, incluindo calcário (para construção), a rocha vulcânica obsidiana (para ferramentas e armas) e sal. O meio ambiente também tinha outros tesouros para os maias, como jade, penas de quetzal (usadas para decorar as elaboradas vestimentas da nobreza maia) e conchas marinhas, que eram usadas como trombetas em cerimônias e na guerra.
Do final do século VIII ao final do século IX, algo desconhecido aconteceu que abalou a civilização maia em suas fundações. Uma a uma, as cidades clássicas dos vales do sul foram abandonadas e, perto de 900, a civilização maia nessa região entrou em colapso. A razão para este misterioso declínio é desconhecida, embora os acadêmicos tenham desenvolvido várias teorias conflitantes.
Alguns acreditam que no século IX os maias exauriram o meio ambiente a sua volta ao ponto de que ele não poderia mais sustentar uma população muito grande. Outros estudiosos dos maias argumentam que o estado de guerra constante entre cidades-estado concorrentes levou a complicadas alianças militares, familiares (por casamento) e comerciais que as fez sucumbir, junto com o sistema tradicional de poder dinástico. À medida que o prestígio dos senhores sagrados diminuía, sua complexa tradição de cerimônias e rituais se dissolveu no caos. Finalmente, alguma mudança ambiental catastrófica – como um período intenso, extremamente longo, de seca – deve ter destruído a civilização maia. A seca deve ter atingido cidades como Tikal – onde a água da chuva era necessária para beber, assim como para irrigação agrícola – severamente.
Todos esses três fatores – população elevada e uso exagerado dos recursos naturais, estado de guerra endêmico e seca – devem ter sido responsáveis por uma parte da queda dos maias nas planícies do sul. Nas terras altas de Yucatán, algumas cidades maias – como Chichén Itzá, Uxmal e Mayapán – continuaram a prosperar no período pós-clássico (900-1500). Todavia, na época que os invasores espanhóis chegaram a maior parte dos maias vivia em vilas agrícolas, e suas grandes cidades estavam sepultadas sob a verdejante floresta tropical.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Colônia de Jamestown

Em 14 de maio de 1607, um grupo de aproximadamente 100 membros de um empreendimento chamado Companhia da Virgínia fundou a primeira povoação inglesa na América do Norte, às margens do rio James. Fome, doenças e conflitos com tribos nativas americanas locais nos dois primeiros anos levaram Jamestown à beira do fracasso, antes da chegada de um novo grupo de colonos e suprimentos em 1610. O tabaco se tornou o primeiro produto de exportação rentável da Virgínia, e um período de paz se seguiu ao casamento do colono John Rolfe com Pocahontas, a filha de um chefe algonquiano. Durante a década de 1620, Jamestown se expandiu a partir da área original em torno do Forte James em uma nova cidade construída a leste; ela permaneceu como capital da colônia da Virgínia até 1699.
Após a histórica viagem de Cristóvão Colombo em 1492, Espanha e Portugal dominaram a corrida para estabelecer colônias nas Américas, enquanto os esforços ingleses, como a “colônia perdida” de Roanoke (1587), fracassaram. Em 1606, o rei Jaime I concedeu um alvará a uma nova empresa, a Companhia da Virgínia, para formar um assentamento na América do Norte. Na época, Virginia era o nome inglês para todo o litoral oriental da América do Norte, a norte da Flórida; O nome foi dado em homenagem a Elizabeth I, “a rainha virgem”. A Companhia da Virgínia planejava procurar por depósitos de ouro e prata no Novo Mundo, assim como uma rota fluvial para o Oceano Pacífico, o que lhes permitiria estabelecer comércio com o Oriente.
Aproximadamente 100 colonos deixaram a Inglaterra no final de dezembro de 1606 em três navios (Susan Constant, Godspeed e Discovery) e alcançaram a baía de Chesapeake no final de abril de 1607. Após formar um conselho governante – que incluía Christopher Newport, comandante da viagem marítima, e John Smith, um ex-mercenário que fora acusado de insubordinação a bordo de um dos navios por vários outros membros da companhia – o grupo procurou por um local de assentamento adequado. Em 14 de maio de 1607, eles desembarcaram em uma estreita península – na verdade, uma ilha – no rio James, onde começariam suas vidas no Novo Mundo.
Conhecida como James Fort, James Towne ou James Cittie, a nova povoação consistia inicialmente de um forte feito de madeira construído em forma de triângulo em volta do depósito para armas e outros suprimentos, uma igreja e várias casas. No verão de 1607, Newport voltou para a Inglaterra com dois navios e 40 tripulantes para fazer um relato ao rei e para conseguir mais suprimentos e colonos.  Os colonos que ficaram sofreram significativamente com fome e doenças, assim como com a constante ameaça de ataque de membros das tribos algonquianas locais, a maioria deles organizados em um tipo de império sob o chefe Powhatan.
Um acordo entre Powhatan e John Smith levou os colonos a estabelecer o comércio necessário com a tribo e Powhatan no começo de 1608. Apesar de combates ainda ocorrerem entre os dois grupos, os nativos americanos trocavam milho por colares de contas, ferramentas de metal e outros objetos (inclusive algumas armas) com os ingleses, que dependiam desse comércio para a subsistência nos primeiros anos da colônia. Após John Smith retornar à Inglaterra no final de 1609, os habitantes de Jamestown sofreram um longo e severo inverno, durante o qual mais de 100 deles morreram. Na primavera de 1610, quando os colonos que ficaram se preparavam para abandonar Jamestown, dois navios chegaram trazendo pelo menos 150 novos colonos, suprimentos e o novo governador inglês da colônia, Lorde De La Warr.
Apesar do Lorde De La Warr logo ficar doente e retornar à Inglaterra, seu sucessor Sir Thomas Gates e o segundo em comando, Sir Thomas Dale, assumiram firmemente o controle da colônia e lançaram um sistema de novas leis que, entre outras coisas, controlava estritamente as interações entre colonos e algonquianos. Eles estabeleceram uma linha dura com Powhatan e fizeram ataques contra as vilas algonquianas, matando residentes e queimando casas e plantios. Os ingleses começaram a construir outros fortes e assentamentos acima e abaixo do rio James, e no outono de 1611 conseguiram colher uma safra decente de milho. Eles também aprenderam outras valiosas técnicas com os algonquianos, inclusive como isolar suas residências do clima severo usando cascas de árvores, e expandiram Jamestown para uma nova cidade a leste do forte original.
Um período de relativa paz se seguiu ao casamento em abril de 1614 do colono e plantador de tabaco John Rolfe com Pocahontas, uma filha do chefe Powhatan que tinha sido capturada pelos colonos e convertida ao cristianismo (De acordo com John Smith, Pocahontas o salvou da morte em 1607, quando ela era apenas uma criança e ele era cativo de seu pai). Graças em grande parte à introdução por Rolfe de um novo tipo de tabaco produzido a partir de sementes trazidas das Índias Ocidentais, a economia de Jamestown começou a prosperar. Em 1619, a colônia estabeleceu uma Assembleia Geral com membros eleitos pelos proprietários de terra da Virgínia (apenas os homens votavam); ela se tornaria um modelo para governos representativos nas colônias posteriores. Naquele mesmo ano, os primeiros africanos (cerca de 50 homens, mulheres e crianças) chegaram ao assentamento inglês; eles estavam em um navio negreiro português capturado nas Índias Ocidentais e trazido à região de Jamestown. Eles trabalharam a princípio como servos (o sistema de escravidão baseado na raça só se desenvolveu na América do Norte na década de 1680) e provavelmente foram colocados para trabalhar colhendo tabaco.
A morte de Pocahontas durante uma viagem à Inglaterra em 1617 e a morte de Powhatan em 1618 estremeceram a já frágil paz entre os colonos ingleses e os nativos americanos. Sob o sucessor de Powhatan, Opechankeno, os algonquianos se tornaram cada vez mais furiosos com a insaciável necessidade dos colonos por terra e o ritmo de povoamento inglês; enquanto isso, doenças trazidas do Velho Mundo dizimavam a população nativa americana. Em março de 1622, o chefe algonquiano fez um importante ataque contra os assentamentos ingleses na Virgínia, matando entre 350 e 400 residentes (um quarto da população). O ataque atingiu os postos avançados de Jamestown duramente, enquanto a vila, que recebeu aviso prévio, foi capaz de montar uma defesa.
Em um esforço para ter mais controle da situação, o rei Jaime I dissolveu a companhia e transformou a Virgínia em uma colônia oficial da coroa, com Jamestown como sua capital, em 1624. A área nova de Jamestown continuou a crescer, e o forte original parece ter desaparecido depois da década de 1620. Embora o povo de Powhatan continuasse a resistir (Opechankeno, então com mais de 80 anos, liderou outra grande rebelião em 1644), a colônia continuou seu crescimento vigoroso, e o sucessor de Opechankeno, Necotowance, foi forçado a assinar um tratado de paz que cedia a maior parte das terras dos powhatan e os forçava a pagar um tributo anual ao governador colonial. Em 1698, o prédio do governo central em Jamestown incendiou-se, e Williamsburg a substituiu como a capital da colônia da Virgínia no ano seguinte.