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domingo, 3 de outubro de 2010

Votar: direito ou obrigação?

Cumpri minha obrigação democrática (obrigação? democrática???). Votei.
Dentre os países que elegem seus governantes democraticamente, o nosso é um dos poucos onde se aplica o voto compulsório (prática comum aos países sul-americanos, com exceção de Colômbia, Suriname e Guiana). Parece-me contraditório ser obrigado a votar. Em um evento dito democrático, não há opção quanto a votar ou não. Não há escolha.
Um argumento a favor para o voto compulsório é que tal sistema busca garantir que o governo represente a maioria da população, e não apenas os indivíduos que votam. Isto ajuda a garantir que o governo não negligencie determinados setores da sociedade que sejam menos ativos politicamente, e os líderes políticos vitoriosos dos sistemas de votação compulsória podem potencialmente reclamar maior legitimidade política que aqueles de sistemas facultativos.
O argumento mais comum contra o voto compulsório é o que afirma que votar não é um dever cívico, mas um direito civil. E os cidadãos podem exercer seus direitos civis (o direito de ir e vir, de expressar suas opiniões, de casar, etc.) sem serem compelidos a isso. O voto compulsório infringe o direito básico de liberdade do cidadão. Multar ou imputar penalidades àqueles indivíduos que não desejam votar é ainda mais opressivo.
Pois bem. Fui lá e cumpri meu dever cívico relutantemente. Espero que um dia votar se torne um direito civil no Brasil.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Poluição visual e sonora

Neste período que antecede as eleições, a poluição provocada pela propaganda política deixa as nossas ruas extremamente desagradáveis. Para o lado que nos viramos ou olhamos, há um mar de bandeiras, placas, cartazes e folhetos ocupando cada espaço. Se você caminha no centro da cidade, a cada 10 metros alguém lhe aborda com um panfleto de um candidato qualquer, ou então tem que desviar do mar de placas. E as carreatas? Será que os candidatos e seus partidários não percebem o incômodo que provocam? Além disso, existem os famigerados carros de som, com aquelas musiquinhas ridículas. Para completar, ainda existe a propaganda na televisão. Devemos realmente ser obrigados a aturar isso?

Nenhum dos candidatos aparenta demonstrar a mínima preocupação se estão incomodando ou não às pessoas a quem eles estão tentando convencer. Só existe a avidez pelo voto. Seria de muito bom tom que os candidatos a nossos representantes no executivo e no legislativo observassem o quanto incomodam a população na ânsia quase obssessiva pelo voto. Para mim, isso funciona como antipropaganda. Acredito que para muitas outras pessoas também.