quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Aumentos abusivos de preço

Chegamos a dezembro e a onda especulativa chegou junto. Sem nenhuma cerimônia, os preços começaram a subir. Os combustíveis aumentaram de preço, a comida, roupas: tudo! No restaurante onde eu esporadicamente almoço, a tabela de preços foi corrigida em 25% em dezembro. Vinte e cinco por cento!!! Lá eu não almoço mais.
Essa onda especulativa em nada ajuda a economia nacional. O governo adotou algumas medidas para evitar a inflação, retirando mais de R$ 60 bilhões de circulação para conter o crédito, mas falta punição para quem pratica aumentos abusivos. A estabilidade econômica é um trunfo do qual não podemos abrir mão. Tenhamos consciência disso: devemos todos evitar e denunciar aqueles que praticam excessos na correção de preço. Só assim trabalhamos para evitar a especulação e a inflação elevada.

domingo, 14 de novembro de 2010

Entrevista

De modo geral, mudanças e novas experiências incomodam. É mais fácil manter-se na zona de conforto sem a preocupação de encarar fatos novos. Mas, ao mesmo tempo, a curiosidade inerente à nossa espécie nos move a experimentar. Foi essa a sensação que eu tive ao saber que deveria fazer uma entrevista com uma pessoa com mais de 60 anos e depois, baseado no documento gerado pela entrevista, escrever um artigo sobre a história de vida dessa pessoa. Primeiro vieram as dúvidas quanto à entrevista: Quem entrevistar? Como guiar uma entrevista deixando o interlocutor à vontade? Como reagir a uma resposta inesperada? Depois, as dúvidas quanto ao artigo: Como fazer um artigo, se nunca eu fiz um? Como transferir informações obtidas em uma entrevista para um artigo e concatená-las adequadamente?
Mesmo não tendo certeza se o que foi realizado está de acordo com o que deveria ser feito, a experiência desfrutada na realização dessa empreitada - entrevista, artigo - foi única. Primeiro, a sensação de estar me transportando no tempo e no espaço enquanto ouvia os relatos da pessoa entrevistada é inigualável. Segundo, as interpretações dos acontecimentos fornecida por ela, mostrando-me que as visões do mundo não são únicas sequer para a mesma pessoa, que pode mudar de opinião com o tempo, de acordo com os estímulos externos recebidos. E, por último, as reações no momento da entrevista: perceber as emoções, ver os olhos mirarem um ponto incerto, como se olhassem através do tempo, lágrimas e sorrisos. Depois disso, ao escrever o artigo, a resposabilidade, o respeito e o cuidado com a fidelidade daquele relato.
Muito gratificante. O novo incomoda, mas a curiosidade nos faz seguir adiante. E a incerteza transforma-se então em fascínio.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Duas faces do governo brasileiro: eleições x ENEM

Apenas seis dias bastaram para o governo brasileiro mostrar as suas duas faces administrativas extremas sem deixar dúvidas.
No domingo, 31 de outubro de 2010, houve a demontração de eficiência e organização nas eleições e na apuração dos votos. Às 20h13 (horário de Brasília), o TSE anunciou o resultado da eleição presidencial, declarando a candidata Dilma Rousseff eleita.
Nos dias 6 e 7 de novembro de 2010, foram aplicadas as provas do Exame Nacional do Ensino Médio - o ENEM 2010. Várias universidades do país utilizam os resultados do ENEM como fase única de ingresso ou como complementação da nota de seus vestibulares de ingresso.
Os problemas ocorridos na aplicação das provas do ENEM 2010 foram vários. Parte das provas (o caderno de perguntas de capa amarela) trouxe vários erros de impressão, com questões faltando e questões diferentes com mesma numeração. A folha de respostas também apresentou problemas. No caderno de perguntas, as questões de 1 a 45 eram de ciências humanas e, de 46 a 90, de ciências da natureza. Na folha de respostas, o cabeçalho de ciências da natureza aparecia primeiro (na numeração de 1 a 45). O de ciências humanas vinha depois (na numeração de 46 a 90). O escritor Laurentino Gomes, autor dos livros "1808" e "1822", criticou o erro de citação de um trecho de um dos seus livros. A questão cita a data de 1810 como ano da abertura dos portos no Brasil. Segundo Gomes, o ano correto é 1808. Mais erros ocorreram, o que provocou tumulto em alguns locais de aplicação de provas.
Vale lembrar que em 2009 o ENEM precisou ser adiado porque as provas vazaram na gráfica responsável pela impressão.
Estes dois eventos mostram duas facetas do nosso governo. Uma muito eficiente (ligada à política) e outra sombria, recheada de erros e descaso (ligada à educação). Coincidência?

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sem candidatos

Quem irá presidir o nosso país nos próximos quatro anos é Dilma Rousseff, que foi eleita ontem com os votos de 41,1% dos eleitores. Mesmo sendo a candidata do atual presidente, que atingiu níveis de popularidade quase insanos, Dilma se elegeu sem a aprovação sequer da maioria simples daqueles com obrigação de votar no país. Além disso, a abstenção nesse segundo turno representou 21,5% dos eleitores (mais de 29,1 milhões preferiram não votar!). Somando-se a isso os votos em branco e nulos, chegamos a 26,8%. Ou seja, a cada quatro eleitores, mais de um preferiu não escolher ninguém para governá-lo dentre os candidatos possíveis. Chego à conclusão de que a eleição de Dilma foi apenas o resultado do apoio do governo de Lula e de não haver candidatos de oposição pelo menos "factíveis"; isso mesmo: a oposição foi incapaz sequer de fabricar um candidato. O marasmo político que se estabeleceu no país nos últimos anos apaziguou o antagonismo. Aqueles que governam e aqueles que são da "oposição" se mesclam em turbilhões de negociatas de cargos públicos e falcatruas tais que acabaram se tornando quase indistinguíveis. É isso que se reflete na frieza dos números da eleição. Votou-se por obrigação e por falta de opção. O nosso país merece mais do que isso.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Interpretações

Sempre leio as postagens dos blogs da turma e quando há temas em que me sinto confortável em opinar ou comentar, eu o faço.
Dias atrás, comentei uma postagem do blog Aporias Históricas, de Ivana Driele. O texto trata das formas como o conhecimento é transmitido pelos professores. Em determinado trecho, é feita uma correlação entre a Matemática e as Ciências Humanas (“Matemática sempre me pareceu irracional... Por isso minha maior afeição às ciências humanas, e principalmente à história, pois há debates discussões, o que praticamente exclui a ideia de verdade absoluta.”). Eu interpretei este trecho como a preferência da última em detrimento da primeira e, polidamente, comentei fornecendo argumentos tentando mostrar que o conhecimento não deve ser excludente. O comentário foi retrucado com se ele se tratasse de uma crítica, seguindo-se tentativas de explicações e entendimentos até chegarmos a um denominador comum. Pronto! Terminei a digressão. Cheguei onde eu queria chegar.
Quando escrevemos, estamos completamente expostos às mais variadas interpretações de quem nos lê. As palavras que escrevemos devem ser meticulosamente medidas para que possamos transmitir com a maior clareza possível a ideia que temos em mente. E, obviamente, estamos sujeitos às críticas e comentários que porventura venham a ser feitos aos nossos escritos. E esse, parece-me, será o carma a carregar enquanto historiador. Vi a simpática discussão com Ivana relacionada ao tema da transmissão do conhecimento como um grande aprendizado no que diz respeito à interpretação do que escrevo. Meus escritos sempre estarão sujeitos a interpretações várias. Os meus pontos de vista regerão a interpretação do que eu leio. Essa é a lição que aprendi, de muita valia para mim.

domingo, 24 de outubro de 2010

Ilha do Retiro 23/10/2010

Ontem estive na Ilha do Retiro, tema da minha postagem anterior. Fui ver o clássico pernambucano da Série B, Sport x Náutico, que acabou empatado em 1 a 1. O futebol foi de baixa qualidade. A bola foi maltratada demais. Eu não ia a um estádio desde 2008. Havia uma maioria esmagadora de torcedores do Sport, confiantes na vitória para chegar ao grupo dos quatro clubes que ascendem à Série A, eu inclusive, e uns poucos fanáticos torcedores do Náutico isolados num pequeno trecho de arquibancada.
É impressionante o comportamento totalmente passional da torcida. O amor e o ódio ora com o time, ora com algum jogador específico se alternam com mais velocidade que o piscar das luzes de uma árvore de natal. Parece que ali, no estádio, é o lugar onde o comportamento deixa de ser racional. Independentemente de profissão, religião, sexo ou condição financeira, o torcedor  passa a fazer parte de um corpo quase único, reagindo instantaneamente ao andamento do jogo, como um bando de aves em revoada. O xingamento ou o elogio pode começar em qualquer parte do estádio, não importa: ele reverbera rapidamente por toda a torcida. E, quando o jogo termina, tudo volta ao normal. Ninguém verá a grande maioria daqueles que ali estavam repetindo o comportamento do estádio. Sai a paixão, volta a razão. E a vida segue.
Ilha do Retiro Stadium, 10/23/2010
Yesterday I was at the Ilha do Retiro stadium, theme of my previous post. I went to see the match between Sport and Náutico, which ended tied at 1-1. The football (soccer) played was of low quality. The ball was mishandled too much. The last time I had gone to the stadium was in 2008. There was an overwhelming majority of supporters of Sport confident of victory to reach the group of four clubs to be promoted to Series A Brazilian Championship, including myself, and a few isolated fanatics Náutico fans in a small section of bleachers.
It's amazing how passionate the fans behavior. Love and hate at times with the team, sometimes with a specific player take turns with more speed than the flashing lights of a Christmas tree. The stadium seems to be where the behavior ceases to be rational. Regardless of profession, religion, sex or financial condition, the fan becomes part of a single body, immediately reacting to what happens in the match, like a flock of birds in flight. Mockery or praise can start anywhere in the stadium, no matter: it reverberates throughout the crowd quickly. And when the match ends, everything returns to normal. Nobody will see the most of those who there were behaving like at the stadium. Passion is replaced by the reason again. And life goes on.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Como o tempo modifica a paisagem...

O Brasil se prepara para a próxima Copa do Mundo de Futebol em 2014, e o Recife será uma das sedes. O Recife já teve privilégio de sediar uma partida de Copa do Mundo em 1950, realizada em 2 de junho daquele ano na Ilha do Retiro quando se enfrentaram Chile e Estados Unidos, com a vitória do primeiro por 5 a 2. A tribuna de honra do estádio recebeu ninguém menos que Jules Rimet, então presidente da FIFA, que deu nome à taça em disputa até 1970, quando o Brasil a conquistou em definitivo.
Acima está uma foto do estádio da Ilha do Retiro em 1950, um pouco antes do início da copa. Espetacular! A ilha acima e à esquerda é a ilha de Joana Bezerra, onde hoje está o fórum do Tribunal Regional Federal. Observe que toda a área por trás do estádio era formada por manguezais e ilhas. A avenida Eng. Abdias de Carvalho não existia (parte de baixo da foto). Seria construída durante a década de 1950. A área nas cercanias do estádio ainda não era urbanizada. Época de um Recife bucólico, de um futebol romântico...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O filme foi mal montado pelo editor...

Ontem à noite acompanhei a transmissão do debate entre Dilma Rousseff e José Serra promovido pela RedeTV! e pela Folha de São Paulo. A impressão que eu tive era de estar vendo um filme que foi mal montado pelo editor. Tentarei explicar.
O mediador do debate foi o jornalista Kennedy Alencar, repórter especial da Folha e apresentador do programa É Notícia, da RedeTV!
Pois bem. Tão logo se inicia o debate, com o mediador fazendo a mesma pergunta aos dois presidenciáveis, que recebe as “respostas” no tempo adequado, mas sem ter a mínima correlação com o que foi perguntado. Inicia-se então o erro de montagem do filme pelo editor de imagens.
Os presidenciáveis simplesmente não respondem às perguntas a eles dirigidas. Eles ora divagam ora pavoneiam-se. Nunca a resposta tem correlação com a pergunta. E mais: a réplica e a tréplica são usadas para, no caso de Serra, listar seus feitos enquanto Deputado Federal e Ministro do Planejamento e da Saúde, e no caso de Dilma, falar do que foi realizado no governo Lula, como se nada houvesse sido feito pelos governos anteriores que possibilitassem as realizações do Governo Federal nos últimos oito anos. Apontar ou defeitos próprios ou de seus aliados jamais.
Por isso, a sensação que eu tive foi de estar vendo um filme mal montado, onde o editor misturou a sequência das cenas, fazendo com que o que seja respondido não corresponda à pergunta.
Mas não! O debate foi transmitido ao vivo!
Ou seja, eles simplesmente fogem aos temas que não lhes interessa! E nós, meros expectadores mortais, ficamos esperando pelos temas que realmente interessam e eles simplesmente não vêm.
Não verei os debates que venham a ocorrer para essa eleição. Não quero mais ter a sensação de ver um filme de má qualidade.

domingo, 17 de outubro de 2010

Alegria para o Sertão pernambucano no futebol!


O Salgueiro disputará a Série B do Campeonato Brasileiro em 2011! O Carcará, como é carinhosamente chamado por seus torcedores, conseguiu a inédita classificação ao derrotar o Paysandu em Belém por 3 a 2 hoje pela manhã (o primeiro jogo entre eles em Salgueiro havia terminado empatado em 1 a 1).
Enquanto o tradicional Santa Cruz amargará novamente a Série D em 2011, o clube da cidade de Salgueiro, no Sertão pernambucano, chega à segunda divisão do futebol brasileiro, que este ano conta com clubes tradicionais como Coritiba, Bahia, Sport e Náutico, entre outros. Aliás, Pernambuco deverá ter até três representantes no próximo ano na Série B: além do Salgueiro, Náutico e Sport deverão disputá-la mais uma vez em 2011. Apenas o Sport ainda tem remotas chances de ascender à Série A ainda este ano.
Trata-se realmente de um feito memorável, para quem se profissionalizou há apenas cinco anos, ser o primeiro clube sertanejo de Pernambuco a chegar à Serie B do futebol brasileiro.
O Carcará alçou um voo mais elevado, honrando o futebol pernambucano. Os clubes tradicionais da capital que se cuidem. Lá vem o Carcará!!!
Parabéns aos salgueirenses!!!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Dilma, Lula et caterva: para conhecer melhor quem governa a nossa pátria...

Não sei se as pessoas citadas realmente escreveram os textos abaixo. De qualquer forma transcrevo o texto de um e-mail que recebi hoje. Faz-nos pensar sobre o grupo que loteou o Brasil para si nos últimos oito anos.
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Uma mãe mandou para a filha um e-mail sobre o passado negro da Dilma.
A filha repassou o e-mail para seus amigos, que por sua vez o repassaram para amigos.
Aí, uma sinoatizante do PT chamada Lígia Rodrigues, se achou no direito de dar uma lição de moral na mãe.

Vale a pena ver as mensagens trocadas.

De Lígia Rodrigues Petista para a mãe:

"Mamãe que feio!!!!... ensinando a sua filhinha a acreditar nos absurdos que escrevem na internet?
Acho melhor incentivá-la a estudar a história do Brasil e deixar que ela mesma tire as suas próprias conclusões, afinal quem estudar a história do Brasil, entenderá que nunca o nosso país esteve tão bem como hoje, tão forte na economia mundial, tão evidente, tão em crescimento e desenvolvimento quanto esteve nesses 8 anos de governo Lula!!!! E agora o que acontece? Acontece que a oposição está desesperada, porque está vendo o quanto o POVO está satisfeito (governo Lula tem 88% de aprovação da população, aprovação que nenhum governo nunca tinha tido antes na história e aí vem me dizer que é porque o povo é ignorante?
Não, não meus queridos, o povo está satisfeito porque nunca teve tanta oportunidade, nunca teve tanta comida na mesa, nunca teve tanto emprego, isso sim) o quanto o Brasil cresceu e aí a única alternativa que resta é APELAR. Apelar para a ignorância, para a mentira e para a ingenuidade de pessoas inocentes e que acreditam em todos os absurdos que circulam por aí. Então fica a minha dica: pesquisem!!! Vejam o que realmente é verdade!!!”
Ligia Rodrigues

Ao que a mãe respondeu:

"Cara Ligia:

Da educação da minha filha cuido eu e decididamente não preciso da sua ajuda, embora agradeça seu interesse. Se você imagina que eu seja alguma semialfabetizada, desconhecedora da história e que me socorra apenas da Internet, para compor a minha (in)formação, como lamentável e invariavelmente procede a maciça maioria dos jovens da sua geração, saiba que sou do tempo em que se liam livros e se redigia em bom português.

Tenho 58 anos, sou mestre e doutora em Direito Ambiental pela PUC-São Paulo, professora universitária e brasileira que lê. Porque leio, tenho a nítida compreensão do embuste que representam os tais 80% de popularidade disto que você chama de presidente e que eu prefiro chamar de populista barato, parte de uma corja que tomou de assalto este país, no maior estelionato eleitoral já visto na história brasileira. Estelionato, porque esta malta petista se elegeu sob as vestes imaculadas da correção, da ética e da transparência na política. Vendeu produto podre, cara Lígia.

E você, consumidora desavisada, está comprando. Todos que fomos formados nas hostes da esquerda brasileira, da década de 60 e 70, os que lutaram contra a ditadura (você seguramente não viveu o período sinistro da ditadura), dando a cara para a polícia militar bater, não raro comprometendo vidas profissionais em razão de envolvimentos políticos, em nome da restauração da democracia neste país, sentem-se ludibriados, enganados e feitos de palhaços pelo PT de hoje.
Eu, que já fui eleitora de José Dirceu, sou obrigada a assistir cenas explícitas de sua competente coordenação na montagem do mensalão, um deslavado programa de compra de apoio de parlamentares, cuja tarefa, em contrapartida ao dinheiro (seu e meu) que receberam mensalmente do PT, era invariavelmente votar a favor DE TUDO que se lhes fosse requisitado.
Saiba que aí começam os 80% da popularidade do seu presidente. E Lula, que sempre dormiu dentro do pijama de José Dirceu, nunca soube de nada... Eleitora de José Genoíno que também já fui, igualmente, sou também obrigada a assistir cenas explícitas de suas atividades como gerente do mensalão, como chefe dessa organização criminosa que se instalou no poder, sob a batuta beneplácito e complacência de Lula, PARA QUEM TUDO SE PASSA, COMO SE NADA SE PASSASSE (até porque LULA já resolveu a situação econômica até da quinta geração de seus descendentes, através da fortuna amealhada por seu filho, um ex-vigia de um zoológico no interior São Paulo e hoje trilhardário,- dificilmente em razão de seu trabalho e sua competência...).
Dólares na cueca , Waldomiros... A lista é infindável. Mas, o mais monumental e ousado estelionato perpetrado contra a população deste país pela malta petista, está no golpe de mestre engendrado para viabilizar a reeleição de Lula: tomar dinheiro público, do erário, portanto, seu e meu, e distribuí-lo aos borbotões para a sofrida população carente do norte e nordeste, literalmente comprando o voto desses coitados (cada bolsa-alguma-coisa rende, por baixo, 6 votos, que é o tamanho de uma família média do norte e nordeste).

Então, faça as contas e veja de onde vem a popularidade de seu presidente: maciçamente oriunda da adesão incondicional desses coitados, que não têm a menor ideia e nem sabem do que há embutido no dinheiro que recebem. Se eu fosse eles, tampouco quereria saber.

Como não sou, sei: o PT copiou o projeto original de redistribuição de renda, concebido e operacionalizado inicialmente em Brasília, mudou o nome do programa como se cria sua fosse e, em mais um de seus estelionatos, assumiu a paternidade do programa, sem nunca ter tido a decência de dar CRÉDITO AO GOVERNO ANTERIOR - FHC e Dona Ruth Cardoso (primeira DAMA de verdade !) QUE O CONCEBEU E IMPLANTOU.
Com a abissal diferença, porém. O projeto original era vinculado a contrapartidas, como pré-requisito para a concessão da bolsa. Isto se chama investimento público e não aleluia com dinheiro público, distribuído obedecendo ao único e exclusivo critério de que cada bolsa-alguma-coisa, rende, como rendeu na reeleição de Lula, no mínimo, 6 votos. Então, Lígia, saiba que a popularidade desse presidente que lhe representa (a você, porque a mim não representa) tem o MESMÍSSIMO LASTRO, ORIGEM , NATUREZA, PERFIL E FORMATAÇÃO DO APOIO INCONDICIONAL que Lula recebeu dos parlamentares da Câmara Federal, durante o mensalão. E o dinheiro usado nessa mera transação comercial, aferível através de matemática simples, é seu, viu?

Lula passou sua vida fazendo bravatas, como ele próprio admitiu. Como parlamentar, teve atuação pífia. Nunca se ouviu falar de um projeto de lei de sua autoria. Claro, pouco afeito à leitura, como ele próprio afirma, dele não se esperaria nada diferente.

Como presidente, sem a menor afinidade com a rotina e a disciplina inerentes ao expediente, gastou seu tempo - à guisa de entabular negócios com outros países- literalmente rodando mundo, fazendo propaganda de si próprio, como o "coitado" (!) que deu duro e venceu. Saiba que Europeu e americano amam o exotismo dos países periféricos (candomblé, mulher pelada no carnaval, favela etc.). Digo isto porque morei um ano nos Estados Unidos em intercâmbio quando jovem, estudei Direito Internacional Público na Universidade de Edimburgo na Escócia, durante minha época de graduação em Direito e lecionei, por 7 verões consecutivos Direito Ambiental Brasileiro na graduação e no Mestrado da Universidade de Louvain, na Bélgica.
Portanto, manjo bem o espírito com que europeus e americanos vêm o Brasil e a figura "exótica" de seu presidente. Pergunte se eles elegem populistas e políticos que mal sabem ler e escrever... Seu presidente, semialfabetizado que é (e isto é uma vergonha sim senhora! , para uma criatura que se dispôs a representar os brasileiros. Não obstante, ele carrega sua falta de estudo como um troféu). Nós merecíamos, no mínimo, que ele tivesse se dado ao trabalho de dominar as regras básicas da língua portuguesa, porque teve sim chance, teve sim, tempo e teve sim, condições de estudar, se tivesse MENOS PREGUIÇA e aptidão que não tem , para a disciplina inerente a qualquer atividade de aprendizado.

Marina, por exemplo, alfabetizou-se aos 16 anos. Teve vida incomensuravelmente mais sofrida do que a de Lula e não envergonhou a ninguém como parlamentar e ministra que foi, e jamais vociferou discursos na base do “menas gente” e “entendo de que...”
Palanqueiro, demagogo, populista admirador das pataquadas de Chaves, de Ahmadinejad et caterva, seu presidente semialfabetizado confunde “prisioneiro político” com “prisioneiro comum”, como o fez, para a imprensa internacional, no episódio de Cuba (você se lembra, do prisioneiro político cubano que morreu em greve de fome exatamente no dia em que Lula chegou a Cuba, episódio sobre o qual seu presidente, no melhor estilo Odorico Paraguaçu, declarou: "se a moda pega, as cadeias brasileiras ficariam vazias!"). Sem comentários.

E quando se tem para conselheiro em política internacional “especialista” do calibre de um Marco Aurélio “top top” Garcia (lembra-se da comemoração furtivamente filmada no interior do Palácio do Planalto, assim que o jornal da Globo noticiou que o acidente da TAM se dera em razão de falha humana e não em razão das condições da pista de Congonhas?). Melhor teria sido até que as famílias das vítimas não tivessem testemunhado essa cena no Palácio, por parte de um assessor tão próximo do presidente). Escárnio, em nome de ganho político a qualquer preço. Esta é a política do PT atual, eleito com as vestais imaculadas da correção e da ética que vendeu e você comprou.

Não satisfeito, obtuso por desconhecimento da história, seu presidente se arvora de “vírus da paz” no conflito do Oriente Médio que é BÍBLICO (sabe o que significa isto?). O mundo e a ONU se empenham HÁ DÉCADAS tentando compor este conflito de interesses que já produziu um número incalculável de mortes. Lula achou que ele era o cara!! É ter-se em alta conta demais, para quem seguramente sequer se debruçou sobre um manual de história geral do segundo grau. Diz o ditado: "dá-se mala para andante, já pensa que é viajante..." Alguém precisa dizer-lhe, "Se manca Lula!" Seu presidente tem muitas qualidades, Lígia, mas levar a sério a expressão do Obama “that's the guy” (que, SEM A MENOR DÚVIDA, foi proferida em razão das graças e piadas que são a forma através da qual Lula se afirma, nesses reuniões políticas, nas quais depende inteiramente de alguém para traduzir o que se passa...), é muita pretensão.

Não acho que presidente brasileiro tenha por obrigação falar inglês, não. Mas, convenhamos, é uma vergonha um sujeito que sempre quis ser presidente, não ter se dado ao trabalho de estudar uma língua estrangeira, em deferência aos brasileiros, para bem representar seu país. Mas não, dá-lhe pinga, piada e futebol. É assim a metáfora que faz, de nós brasileiros no exterior.

A mim, ofende-me como cidadã e me envergonha como brasileira. Ah, mas ele é super-popular no exterior! É a admiração de que não precisamos. Americanos e europeus gostariam , tenha certeza, ainda muito mais, se nosso presidente fosse o Raoni (com todo o respeito e reverência que devemos aos sobreviventes das nossas comunidades indígenas, estes sim, vítimas de uma política indigenista de extermínio perpetrada por nós brancos, ao longo de todos os governos anteriores, inclusive por este, do PT).

Eleito pela primeira vez porque significava a mudança e a ética, fez um primeiro mandato durante o qual NÃO TEVE PEITO para implementar nada do que apregoou durante a campanha.

Literalmente DEU CONTINUIDADE às iniciativas do governo Fernando Henrique, pelando-se de medo da inflação voltar e não ter a envergadura que teve Fernando Henrique, como estadista que foi, de aniquilar uma inflação que já estava no DNA dos brasileiros, de tão endêmica e embutida na psique do brasileiro. Descobriu, depois da posse, que os rumos do governo não poderiam nem deveriam ser diferentes daqueles adotados no governo anterior.

Mas achou forma de “faturar” em cima do mérito alheiro. Até os índices positivos de safras de grãos recordes, obviamente fruto de políticas agrícolas do período anterior, foram colhidos e computados pela máquina publicitária do governo petista como se fossem fruto do governo que mal iniciara...

Saiba que o que a máquina de propaganda deste governo apelidou de "herança maldita", foram os acertos dos governos anteriores que caíram no colo de Lula, ou alguém tem a ilusão de que implantação de políticas , de infraestrutura etc., rendem respostas no dia seguinte em que são implantadas..

A crise internacional, que se festeja não ter chegado ao Brasil, realmente não faz grandes marolas em um país que tem uma monumental parte da sua economia no plano informal, longe dos números oficiais. Este país anda, Lígia, com Lula, sem Lula ou com cover de Lula.

Não é ele o artífice de nenhuma proeza política. É, sim, o artífice de uma monumental máquina de propaganda governamental, isto sim, "sem precedentes na história deste país".

Aliás, nem acredito que o mérito seja dele, porque ele é apenas a marionete à frente da cortina nesse teatro, por ser palanqueiro e empolgar a massa como Goebels fez no Alemanha nazista e menos votados como Jânio Quadros e Collor fizeram no Brasil.

Deu no que deu, se você conhece história. Na era da televisão, usando dinheiro público na manutenção do circo, vende o produto Lula deslavadamente na embalagem que quer (vide esse programa virtual, que é mera versão e não fato, chamada PAC) para uma população infelizmente consumidora de novelas na telinha.

A maciça maioria da nossa população não lê jornais. Ou você acha que é mera coincidência que ele não se elegeu nos estados de sul e sudeste, onde os índices de analfabetismo são muito menos drásticos.

Lula é produto da desinformação e do analfabetismo de um lado e, de outro, do oportunismo de segmentos que viram no governo Lula a chance de se candidatar a uma das tetas dentre as inumeráveis (vide o número de ministérios que criou, para manter com o seu dinheiro) para, na base do clientelismo, perpetuar-se nas benesses do poder e usufruir das mamatas que sobejamente conhecemos. A próxima mamata para os petistas é a nova estatal criada para cuidar do pré-sal. Aguarde para ver o número de cabides de emprego para acomodar petistas que serão criados. Ah, sempre foi assim? Ah bom, pensei que o PT durante 20 anos pregando o contrário, fosse o partido da ética e de políticos honestos, porque foi isto que venderam a mim e à população brasileira! Era bravata? Ah bom. Então tá.

Em tempo: assine um jornal.
Se há alguém mal informado aqui, talvez não seja exatamente a minha pessoa."

Maria Luisa Faro